No artigo exposto na revista Época a autora revela que a tecnologia vem adquirindo cada vez mais relevância no cenário educacional, apesar de ao longo de 25 anos ter havido várias tentativas em estar comprovando sua eficácia.
Trás alguns estudos, realizados em algumas escolas públicas do país pela Fundação Carlos Chagas (FCC) e pela UNESCO, onde comprova que os alunos que estudaram com o apoio da tecnologia nas aulas tiveram um maior desempenho do que os que não usaram. Afirma que o uso da tecnologia faz os alunos aprenderem mais, argumentando que a tecnologia é importante para o ensino-aprendizagem, desde que haja uma integração entre a tecnologia e os conteúdos oferecidos nas aulas.
Segundo a autora, não basta ter somente o acesso as tecnologias como computadores, laptops, lousas interativas, entre outros, o aluno precisa ter um propósito e serem orientados pelos professores. Estes por sua vez precisam estar “antenados” com as novas tecnologias, isto não quer dizer que o professor precise saber tudo, mas sim, saber o que o aluno quer conhecer. O processo educativo precisa estar vinculado ao contexto social, em que o sujeito - aluno - está inserido. Isso irá implicar em conhecer e usar instrumentação eletrônica, bem como outros recursos pedagógicos. Para isso o professor precisa abandonar a metodologia tradicional, onde o professor se colocava na frente dos alunos e era o detentor do saber, até porque a geração de hoje “nasceram” com as tecnologias e essa é uma linguagem a qual eles têm afinidade. Portanto é preciso que haja uma troca de conhecimentos e na aproximação do professor com o aluno os dois saem ganhando.
Ao longo do artigo a autora esboça que a robótica é uma das tecnologias mais antigas em prática nas escolas brasileiras e argumenta sobre a importância da mesma, pois reforça a idéia de ensinar de uma forma diferente, onde os alunos são desafiados a usarem o conhecimento para executar tarefas utilizando de toda sua criatividade.
Aborda sobre a importância da formação adequada dos professores, para isso trás duas maneiras de se fazer essa formação. Na primeira delas a autora acredita que colocando os formadores, monitores especializados na tecnologia e no conteúdo, dentro das salas de aula, os professores obterão resultados positivos. Além de aprenderem a planejar melhor suas aulas estarão também utilizando novas técnicas, e assim experimentando outras propostas pedagógicas, o que poderá qualificar o processo de ensino aprendizagem. A segunda estratégia para formar os professores, a autora revela que é mais comum nas escolas particulares, onde os profissionais da educação são estimulados a pesquisarem por conta própria novas tecnologias e as maneiras de estar usá-las.
Ao final do artigo a autora trás uma entrevista feita com o consultor Mark Weston, onde o mesmo afirma que a tecnologia tem que servir como mediadora para estilos de aprendizados, estudantes, professores, pais e conteúdos e que é preciso mudar o jeito de ensinar com a tecnologia.
Chegamos a conclusão que o professor, assim, como mediador, fazendo uso das ferramentas eletrônicas em sala de aula, poderá ser um facilitador do processo de aprendizagem de seus alunos poderá e irá desenvolver em sua prática pedagógica as novas tecnologias de ensino utilizando as tecnologias digitais. Com essa proposta, o aluno poderá construir estruturas mentais que darão suporte para o uso da ferramenta tecnologia em qualquer situação. Com isso, queremos dizer que ele pode aprender mais sim, porém, depende muito de que forma e para que serão utilizadas essas tecnologias.
Sobre o artigo ¨Da Lousa ao tablet - as tecnologias que ao longo do século invadiram as salas de aula brasileiras e prometram mudar o ensino".
ResponderExcluirA autora revela em seu artigo algo que está explicito em nossa realidade.De fato, o uso da tecnologia na sala de aula deve está seguramente atrelado ao conteúdo e as novas práticas do ensino aprendizagem. Está mais do que claro. Porém, dado ao público leitor do periódico em questão, e para quem essa pesquisa se dirige, bem como a escola que foi apresentada, não refletem nem de longe a realidade do profissional de educação no país como todo, principalmente no nordeste. O artigo apenas reflete sobre o uso da tecnologia numa sala de aula de rede privada estrangeira, localizada em São Paulo, e por fim tenta revelar um pouco da realidade na rede pública, também de São Paulo, apresentando alguns resultados obtidos por escolas públicas do interior de São Paulo e do Piauí, dados esses apresentados pela Unesco e a FCG. O fato é que todos esses programas, que estão diretamente ligados aos organismos internacionais, não vêm acompanhando realmente da (re)democratização do ensino e inovações no ensino-aprendizagem. Não precisa ir tão longe, qualquer escola em Alagoinhas da rede estadual possui no mínimo 02 laboratórios de informática, que muitas vezes estão "protegidos" por câmeras de segurança e um cadeado. As escolas tem tv's pendrive, data-shows, computadores para educadores e educandos, mas o indicie de aproveitamento continua igual ou pior que antes. O problema não está em usar ou não a tecnologia na sala de aula, mas perceber as ilhas que existem nesse sistema e o contexto educacional brasileiro que vive importando inovações muitas vezes para encobrir o descaso com a falta de emprego, a falta de cidadania, dignidade do professor, enfim. Nesse caso, o texto de Castells nos dá uma excelente dica do porque dessa realidade. Como profissionais da educação, sem nenhuma qualificação, sem estímulo para mudar a sua prática de aprender-ensinar fará uso dessa ferramenta? Como os programas de cursos de formação de professores lidam com isso? O uso da tecnologia é uma forma de tornar a aula mais atraente apenas? Sou do tempo do "cuspe e giz", onde professores davam aulas-show, sem precisar de nenhuma dessas ferramentas em sala de aula. Entretanto, não vejo de forma negativa a tecnologia na sala de aula. Inclusive, não vejo como realizar meu trabalho sem ela. O que há de negativo nisso é a falta de seriedade com o dinheiro público, apenas com intenções de cumprir metas de organismos internacionais e melhorar o indicie de desenvolvimento. Tecnologia e educação são indissociáveis nos dias de hoje. Mas, de que forma a educação tem caminhado nesses espaços de fluxos?
Att.,
Isis Favilla